O Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), em Macapá, tem registrado um aumento significativo nos casos de síndromes respiratórias em recém-nascidos durante o período sazonal do inverno amazônico. Até terça-feira, 6, a unidade confirmou a internação de 18 bebês com menos de um mês de vida, sendo que 15 deram entrada apenas no último final de semana prolongado.
A situação exige atenção redobrada por parte das famílias quando os recém-nascidos chegam em casa após a alta hospitalar. O ideal é não receber visitas, principalmente se tiverem algum sintoma respiratório. A unidade recebe bebês até os 28 dias de vida e o aumento de casos já era esperado neste período.
O gerente do Serviço de Controle de Infecções Hospitalares do HMML, Pedro Moura, ressalta que a maternidade adotou protocolos rígidos de biossegurança, com uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), máscaras e áreas de isolamento específicas.
"Os recém-nascidos já saem da maternidade vacinados e, além disso, são beneficiados pelos imunizantes tomados pelas mães no pré-natal, que garantem uma proteção adicional nesse início de vida. Ainda assim, casos de influenza, se agravados, podem trazer sérias complicações respiratórias", explicou Moura.
Para aumentar a proteção de bebês prematuros contra as infecções provocadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), como pneumonia e bronquite, o hospital faz a aplicação do medicamento palivizumabe, mas ele não previne outros vírus como o da influenza.
De acordo com a diretora do Hospital da Mulher Mãe Luzia, Cristiani Barros, a estrutura da unidade foi ampliada para garantir segurança aos pequenos pacientes.
"É um período crítico, mas estamos atentos para garantir todo o cuidado necessário. Montamos uma retaguarda com salas de isolamento e novos leitos exclusivos para esses casos, evitando o contato dos recém-nascidos com outros pacientes. A prevenção é fundamental", pontuou a diretora.
Cuidados redobrados
Enquanto o hospital se mantém em prontidão, o Governo do Amapá também reforça a importância da prevenção no ambiente doméstico. A gerente do Centro de Parto Normal do Hospital da Mulher, Ana Fonseca, orienta os pais e responsáveis sobre os cuidados essenciais para proteger os bebês neste período delicado.
"Evitar visitas, aglomerações, banhos de rio e contato com pessoas gripadas são atitudes fundamentais. Higienizar as mãos antes de tocar no bebê, manter o ambiente limpo e ventilado e priorizar o aleitamento materno são medidas simples, mas eficazes", destacou Ana.
A orientação é que, diante de sintomas como febre, dificuldade para respirar ou alterações no comportamento do recém-nascido, os responsáveis procurem imediatamente uma unidade de saúde. O atendimento precoce pode evitar agravamentos e garantir maior eficácia no tratamento. A conscientização das famílias, aliada à estrutura e ao preparo das equipes de saúde, é essencial para atravessar este período sazonal com segurança e tranquilidade.
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