O senador Sergio Moro deu inĂcio a uma investigação para identificar os responsĂĄveis pela tentativa de seu sequestro, ocorrido em 2023. Após condenação de oito envolvidos pelo planejamento do crime pela 9ÂȘ Vara Federal de Curitiba, Moro solicitou à PolĂcia Federal (PF) a continuação das investigações, visando descobrir quem ordenou a sua captura.
O inquĂ©rito, com mais de 7 mil pĂĄginas, contĂ©m diversas provas, incluindo monitoramentos telefônicos, imagens de execuções e dados do sistema prisional paulista. A complexidade da investigação indica um plano meticulosamente elaborado.
Uma peça chave surgiu com o depoimento de um ex-integrante do PCC ao MinistĂ©rio PĂșblico de São Paulo (MPSP). Em fevereiro de 2023, ele revelou que equipes do PCC vinham monitorando Sergio Moro hĂĄ meses. As investigações apontam para um plano orquestrado para o sequestro do senador.
"As instruções de Fuminho foram parar no e-mail de Janeferson Gomes, o Nefo, designado pela cĂșpula do PCC para levantar informações detalhadas sobre a vida do senador e de seus familiares." concluiu o promotor Lincoln Gakiya.
As investigações da PF apontam para Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, como um dos articuladores do plano. Fuminho, braço direito de Marcola e um dos principais fornecedores de cocaĂna do PCC, teria enviado ordens sobre o "Projeto M (Moro) Â Parte I e II".
Segundo o promotor, uma hipótese levanta pelas autoridades Ă© que o sequestro de Sergio Moro serviria como moeda de troca para a libertação de Marcola, preso hĂĄ quase 30 anos. O plano elaborado, demonstra a complexidade e organização da facção criminosa.
Marcola, lĂder mĂĄximo do PCC, e Gilberto Aparecido dos Santos, atualmente estão presos em presĂdios federais de segurança mĂĄxima. A investigação segue buscando desvendar completamente o caso e alcançar os mandantes por trĂĄs desse plano criminoso.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA