A Prefeitura de Santana participou, na tarde de quinta-feira, 28, da 21ª Marcha das Josy"s, uma manifestação que ocorre anualmente desde 2003. O evento surgiu como resposta ao feminicídio da professora Josy Guimbal, tornando-se um marco na luta pela erradicação da violência de gênero no município.
Os casos de feminicídio continuam alarmantes em todo o país. Em 2023, foram registradas 1.457 vítimas, um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior, segundo dados de entidades de segurança pública.
No âmbito municipal, Santana conta com legislações voltadas à proteção das mulheres, como:
Lei nº 1.373/2021: estabelece a Rede de Atendimento à Mulher (RAMS);
Lei nº 1.374/2021: trata da implementação do Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho;
Lei nº 1.434/2022: oferece suporte ao desenvolvimento de crianças e adolescentes cujas responsáveis tenham sido vítimas de feminicídio.
A Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres desempenha um papel essencial na defesa dos direitos das mulheres. A titular da pasta, Léa Soryana, destacou a importância da marcha: "A Secretaria das Mulheres está presente em mais uma Marcha das Josy"s, e não poderia ser diferente, porque essa luta é de todos nós, é para o fim da violência contra as mulheres", afirmou.
A ativista social Ester de Paula reforçou a urgência do combate à violência de gênero:"A sociedade não tolera mais a violência contra a mulher. A cada 2 horas e 13 minutos, uma mulher sofre algum tipo de violência no município de Santana. Vamos às ruas e não vamos parar enquanto mulheres e meninas estiverem sendo violentadas", declarou.
O evento contou com ampla participação da sociedade civil, familiares de Josy Guimbal, alunos da rede municipal de ensino, representantes do Governo do Amapá e de instituições que atuam na proteção das mulheres.